Na semana passada, aconteceu no Rio de Janeiro o Seminário Fintech Brasil: Tecnologia e Inovação no Setor Financeiro, evento que reuniu reguladores, bancos de fomento e associações de diversos países da América Latina e Caribe.
“Esse é um assunto de extremo interesse para a economia”, ressaltou o presidente da CVM, Marcelo Barbosa. Comentando sobre o papel da Autarquia no fomento às Fintechs, o presidente destacou que cabe ao regulador entender e conhecer os serviços prestados. “Não cabe à CVM dizer ao mercado aonde ir. Nós temos que garantir que o caminho seja realizado com transparência e esteja assegurada a proteção ao investidor e ao consumidor dos serviços das empresas reguladas pela Autarquia”, complementou.
O diretor da CVM, Henrique Machado, ponderou que as Fintechs são um modo de promover a inclusão financeira em escala global. “De acordo com o relatório da IOSCO de mercados emergentes, o uso de tecnologias digitais devem aumentar o PIB em economias emergentes em U$$ 6,3 bilhões e criar 77 milhões de empregos nos próximos 10 anos. Precisamos regular, na medida do possível, de forma a não estrangular as entradas dessas novas tecnologias”, salientou.
Durante o evento, foi apresentado ainda o Grupo de Trabalho do Lab da CVM focado nas Fintechs, o qual terá três linhas de atuação: desenvolvimento da regulação; incentivo ao desenvolvimento das empresas Fintech; e análises de experiências bem sucedidas. O grupo será composto por reguladores, associações e representantes do setor. “A primeira reunião já está marcada para janeiro, para começarmos o ano com o pé direito”, informou Henrique Machado.
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