O Banco Central (BC) divulgou o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) referente ao primeiro semestre de 2018. O REF é uma publicação semestral destinada a apresentar o panorama da evolução recente e as perspectivas para a estabilidade financeira no Brasil.
No primeiro semestre de 2018, a atividade econômica manteve o processo de recuperação, em ritmo pouco mais lento que no segundo semestre de 2017. A recuperação gradual da economia, combinada às quedas da inflação e da taxa básica de juros, permitiram avanço no crédito.
O crédito às famílias continuou crescendo, com impactos mais pronunciados nas modalidades voltadas ao consumo, como financiamento de veículos, crédito consignado e cartão de crédito.
O mercado de crédito às pessoas jurídicas também apresenta sinais de melhora. Com a diminuição das taxas de juros no mercado doméstico, um conjunto de empresas não financeiras vem utilizando o mercado de capitais para se financiar a custos inferiores aos praticados nos contratos antigos de empréstimos bancários e emissões internacionais.
A redução do risco de crédito, com consequente queda das despesas de provisão, e os ganhos de eficiência beneficiaram a rentabilidade dos bancos.
O sistema bancário dispõe de capital robusto, em nível e qualidade, estando plenamente aderente às regras de Basileia III e com capacidade de suportar a tendência de crescimento da carteira de crédito. Os resultados dos testes de estresse de capital seguem atestando a resiliência do sistema bancário, que se mostra capaz de absorver as perdas estimadas em todos os cenários simulados.
A liquidez continua apresentando pouco risco para o sistema bancário.
O BC e o Conselho Monetário Nacional seguem promovendo a resiliência do Sistema Financeiro Nacional tanto no sentido de aumentar a eficiência e a segurança quanto para maior conformidade a padrões regulatórios internacionais. Nesse sentido, foram implementados o requerimento bilateral de margem em derivativos de balcão e o requerimento de implantação de política de segurança cibernética.
Por fim, pesquisa realizada com instituições financeiras aponta que o risco político e o cenário internacional são os principais temas de preocupação, mas as instituições mantêm confiança na capacidade do sistema financeiro absorver choques.
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