Presidente da ANCORD compara cenário das corretoras ao vulnerável ecossistema dos anfíbios

O presidente da ANCORD, Caio Weil Villares, escreveu um artigo no qual analisou o adverso cenário enfrentado pelo mercado de capitais, em especial pelas corretoras, fazendo um paralelo com o ecossistema dos anfíbios, animais com vulnerabilidade maior à contaminação por toxinas e poluentes do que os demais vertebrados. “O mercado de capitais brasileiro está cada vez mais parecido com este ecossistema em que os anfíbios não conseguem mais sobreviver. As corretoras, assim como os sapos, vêm antecipando os sintomas de um ambiente cada vez mais hostil aos negócios”, comparou.

O presidente da ANCORD ressaltou que os últimos anos têm sido difíceis para grande parte dos agentes do mercado de capitais devido aos fatores político-econômicos. Como reflexo, os negócios encolheram, reduzindo o espaço para novas captações e IPOs. O número de investidores pessoa física caiu e o volume médio diário na BMF&Bovespa em 2015 atingiu seu menor patamar desde 2011. O Ibovespa fechou o ano em 43,3 mil pontos, bem distante do recorde de 69 mil em 2010.

Caio alertou que, apesar do segmento de intermediação já ter enfrentado muitas adversidades no passado, exigindo adaptação do modelo de negócios às condições impostas, a eventual continuidade destas tendências causaria grave desequilíbrio no ecossistema, com a redução do número de “anfíbios do mercado de capitais”, maior concentração de mercado e aumento do risco sistêmico.

“Não há como um ecossistema com pouca diversidade de espécies e baixa densidade populacional permanecer viável por muito tempo, portanto, o fortalecimento do mercado de capitais depende de um amplo trabalho de desintoxicação. Precisamos que a maior variedade possível de espécies se viabilize, prospere e contribua proporcionalmente para o desenvolvimento do nosso ecossistema, independentemente de porte, especialização, nicho de atuação ou localização geográfica”, concluiu.

>> Leia a íntegra do artigo no Blog da ANCORD.

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