O Certificado de Operações Estruturadas (COE) completou três anos no mercado brasileiro em janeiro. De acordo com a Cetip, 19 bancos realizaram um total de 33.285 operações em 2016, somando mais de 137 mil desde o lançamento do produto em 2014. No final do ano passado, o estoque (montante disponível no mercado) era de R$ 9,5 bilhões, alta de 23,4% em relação a 2015. A produção do instrumento (ou seja, o que foi emitido ao longo de 2016) também atingiu R$ 9,5 bilhões, crescimento de 9,2% em relação ao ano anterior.
A maioria das operações (89,5%) foi adquirida por investidores da categoria pessoa física, seguida por pessoa jurídica não financeira (8,9%) e investidor institucional (1,6%). Do estoque total produzido, 93,7% são representados por COEs com valor nominal protegido, popularmente conhecidos como do tipo Capital Garantido.
Em 2016, o ticket médio do instrumento foi de R$ 74,7 mil para investidores pessoa física, R$ 3,3 milhões para institucionais e R$ 415,3 mil para pessoa jurídica não financeira. Com relação ao rendimento, 56,9% das aplicações vencidas no ano passado superaram a Taxa DI – Cetip.
Distribuição por terceiros
No ano passado, entrou em vigor uma norma relevante para o desenvolvimento desse mercado. A regra da distribuição de COE por terceiros propiciou que oito bancos ofertassem essa aplicação por meio de 12 corretoras. O volume total movimentado foi de R$ 343,7 milhões. As classes de ativos mais utilizadas nessas distribuições foram cesta de ativos (36,8%), índices internacionais (30,1%), índices de preço (16,8%) e câmbio (9,6%). O restante equivale a operações indexadas a índices de ações, ações internacionais e commodities.